Em Escuridão, David Small, Editora DarkSide, Tradução de Bruno Dorigatti, o protagonista é Russell, um garoto de 13 anos, numa jornada de descobertas, medo e solidão.
Os pais de Russell se separam e ele fica com o pai, Mike. A mãe foge com o melhor amigo do pai. Numa tentativa de reconstruir a vida, eles se mudam para a Califórnia. Mike tenta encontrar apoio com uma irmã, porém ela não está disposta a ajudar.
Depois de enfrentar algumas dificuldades, as coisas parecem se encaixar. Mike arruma trabalho, consegue uma casa. Russull passa a frequentar a escola.
No entanto, as coisas não são tão fáceis. Mike é alcoólatra, e com o passar do tempo vai ficando cada vez mais distante do filho e mais violento.
Russell não encontra um lugar acolhedor na escola. Ele enfrenta bullying, preconceito e muita solidão. Se encaixar não é fácil, principalmente se você tem que fingir ser outra pessoa.
Do que fala Escuridão?
No início, parece que irá apresentar uma história simples, mas não se engane, é brutal.
A história se passa na década de 50. Se hoje a comunidade lgbtqia ainda sofre homofobia, imagine isso nos 50, um menino de 13 anos se descobrindo.
Russell é um personagem que também comete erros. Suas atitudes poderiam ser outras, mas o não julgo.
Escuridão aborda diversos temas, entre eles, xenofobia, homofobia, bullying, suicídio.
Há ainda dois aspectos que chamam bastante atenção em Escuridão: o traço expressivo, principalmente para demonstrar os sentimentos dos personagens; o texto verbal é pouco. Há longas cenas somente com o visual.
É uma HQ toda em preto e branco, com mais 400 páginas. Vale muito a leitura.