Outlander a libélula no âmbar, livro 2, Diana Gabaldon, Editora Arqueiro. Esta resenha contém SPOILERS do primeiro livro: Outlander a viajante do tempo, se você não leu e não prefere não saber detalhes do enredo, recomendo que pule para a crítica geral.
Outlander é uma série de 8 livros que narra a história de Claire e sua viagem por meio de pedras megalíticas na Escócia, cerca de 200 anos antes do seu tempo. Como vimos, no primeiro livro, Claire Randall viaja em lua de mel com seu marido Frank Randall. É nessa viagem que tudo sai do seu controle: uma viagem pelo tempo a faz viver as maiores aventuras.
“Corri os dedos pelos cabelos, frustrada. Não havia nada a ser feito até de manhã. Caso a manhã chegasse e Jamie não, então eu poderia começar a percorrer as casas de supostos conhecidos e supostos amigos, um dos quais poderia ter notícias ou ajuda a oferecer. Mas àquela hora da noite, eu estava de mãos atadas; impossibilitada de me mexer, como uma libélula no âmbar.”
Em Outlander a libélula no âmbar, cerca de vinte anos após o que havia acontecido com Claire, ela e a sua filha Brianna encaram a perda de Frank. A filha de Claire é linda, puxou ao pai: alta, ruiva e linda, muito linda mesmo! Agora a sua maior tarefa é cuidar de sua mãe. Diana sempre nos surpreende; da mesma forma que no primeiro livro, somos transportados para o passado: Claire narra para sua filha Brianna como conheceu o pai dela, todos os detalhes são dados a ela. A exemplo de como Jamie ficou sabendo da sua gravidez, e que também ela era uma viajante do tempo.
O casal faz uma viagem até a corte francesa. Em um longo flashback, nos damos conta dos grandes desafios enfrentados por Claire e Jamie, em que tentam acompanhar o jogo político ocorrido durante o reinado de Luís XIV, ao mesmo tempo, em que tentam salvar a sua pele do temido Black Jack. Para quem não lembra, no primeiro livro, esse mesmo homem perseguia a cabeça de Jamie (por ser considerado um “assassino”).
Outlander a libélula no âmbar: amor e sacrifício
Será que é possível evitar isso? E a relação de Jamie e Claire, conseguirá suportar todos esses abalos? As temáticas maiores do livro são: força, amizade e esperança. A força que encontram para se proteger dos inimigos, a amizade na qual encontram esperança de uma Escócia sem guerras, cujas famílias possam criar seus filhos sem medo, e que reinem a era Jacobita. A trama continua temperada de cenas dramáticas e desfechos contundentes, nos quais não é possível perceber brechas.
Acredito que Diana é uma das melhores autoras a conseguir não deixar buracos na narrativa, pois é possível perceber sua grande habilidade de dissertar os mistérios e, no final, enlaçá-los com um desfecho de “cair o queixo”. As novas personagens complementam o que já havia dito; a autora não coloca nenhuma de maneira desnecessária, pois todas exercem um papel fundamental para fechar o círculo de fogo entre Jamie e Claire. Posso garantir que os desdobramentos em cada núcleo narrativo abrem um espaço para explicar determinados conflitos entre o casal, o que aumenta os desafios e mistérios a serem descobertos.
A capa de Outlander a libélula no âmbar traduz muito daquilo que iremos observar no livro; o fato de não aparecer o rosto de Jamie é explicado no enredo, o que aumenta o mistério do segundo livro, porque ficamos na expectativa se ele irá aparecer ou não para sua filha Brianna (ao menos foi o que imaginei). A diagramação e escolha da fonte continuam as mesmas do primeiro livro, garantindo uma leitura tranquila, sem incômodos.
O que amo nessa série é a escrita de Diana Gabaldon; leio sem medo as quase mil páginas. Em Outlander a libélula no âmbar, preferi seguir um ritmo de leitura lento, para poder sentir e refletir sobre cada decisão das personagens, e as mudanças que acontecem na linearidade do tempo. Estou ansiosa para a leitura do terceiro livro, e sei que não vou me decepcionar.
Ah, a segunda temporada da série segue na mesma linha de enredo do livro (impossível não conter adaptações), mas a fidelidade no contexto geral é incrível. Recomendo a leitura para os que conheceram o primeiro livro, e até mesmo aqueles que se apaixonaram pela série. Não se assustem com a quantidade de páginas, porque é apenas um pequeno detalhe de tantos que vocês irão encontrar.
“E eu viajei para dentro dele, como ele para dentro de mim, de modo que, quando as últimas e pequenas tormentas do amor começaram a me sacudir, ele gritou, e cavalgamos as ondas juntos como um único corpo, e nos vimos nos olhos um do outro”. p. 517
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