“Um homem charmoso é muito agradável e um homem de boa aparência é, sem dúvida, uma visão que vale a pena, mas um homem honrado, ah, querida leitora, é para ele que as jovens deveriam correr.” – Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown
O visconde Anthony Bridgerton é um libertino, ou era. Depois de anos fugindo de compromisso, ele resolve que está na hora de construir uma família, casar e ter um herdeiro. Porém, ele não quer um casamento por amor, e por isso precisa encontrar uma esposa por quem não se apaixone. A candidata ideal logo aparece; Edwina Sheffield é a debutante mais linda da estação, e apesar de não ter um dote, muitos cavalheiros querem sua atenção nos bailes.
Linda, educada e inteligente, Edwina seria a esposa perfeita para o visconde, mas cortejá-la será mais difícil do que ele imagina.
Acontece que a irmã dela, Kate, tem verdadeira aversão por libertinos; e não quer que a irmã se case com um, por mais nobre que ele seja. Também não acredita em ex-libertinos. Sua irmã merece o melhor, e é o melhor que terá.
A própria Kate também está debutando naquela estação, apesar de já ter 21 anos. Diferente da irmã, ela não tem uma beleza que atrai os homens, e seus modos não são tão delicados; além de sua língua afiada.
Anthony e Kate são como gato e rato, e em nada parecem concordar. Porém, sempre que ele chega perto, Kate sente coisas inexplicáveis, que nunca sentiu antes. E o visconde, mesmo cortejando a irmã, não consegue tirar a irritante Kate de seus pensamentos.
Ambos sentem algo um pelo outro, e o visconde teme que possa se tornar algo maior que simples desejo. Afinal, ele não poderia se apaixonar! Lutou contra isso sua vida inteira, e logo Kate… a mulher teimosa e inteligente que ameaça comprometer sua sanidade.
Acontece que ele tem seus motivos para agir assim; depois do trauma que foi perder seu pai tão jovem de forma tão abrupta e incomum, ele não acha que terá tempo o suficiente… o suficiente para amar e viver o sentimento; enquanto Kate tem seus motivos para não gostar de tempestades, e ficar em choque sempre que um relâmpago ou raio corta o céu.
Poderia ele deixar seus medos e receios de lado para viver esse amor? Ou melhor: estaria ela preparada para viver sem ele?
“Havia certos benefícios em ser considerado o libertino mais censurável da Inglaterra. Quase todos o temiam, por exemplo. Mas chegara a hora de se casar. Ele devia sossegar e ter um filho. Tinha um título a legar, afinal.”
Julia Quinn mais uma vez presenteia seus leitores com um romance bonito e cheio de humor, além de personagens cativantes e finais incríveis.Depois de ler O Duque e Eu e me apaixonar por sua escrita, me convenci de que leria todos os volumes da serie Os Bridgertons, e é sobre o segundo que venho falar hoje. O Visconde que Me Amava foi uma leitura instigante, e me prendeu muito. Achei o enredo fofo e o casal teve bastante química. Porém nem tudo são flores, e me decepcionei um pouco…
Sabe aquela sensação de que falta alguma coisa para te ganhar completamente, num livro? Pois foi essa a sensação que tive lendo esse. É um romance ótimo, e possui clichês na medida certa, mas faltou um quê a mais.
“Porque aquela centelha – tão evidentemente ausente em relação à irma dela, com quem ele pretendia se casar – com Kate crepitava e ardia com tanta força que parecia ter o poder de iluminar o cômodo e deixá-lo claro como o dia.”
As passagens bem-humoradas características da autora estão mais presentes que nunca, e me fizeram ficar com cara de boba no ônibus, tentando disfarçar as risadas. Kate é uma peça!
Além do humor, há sim um teor mais sensual, afinal estamos falando de um romance de época. As cenas mais quentes foram muito bem construídas, e não senti vergonha alheia! hahaha E, para minha surpresa, foram poucas. Acho que apenas duas foram detalhadas, para ser exata.
Terminei a leitura com uma vontade louca de engatar no terceiro, mas irei me segurar um pouco, afinal eu não quero ficar órfã dos Bridgertons nem tão cedo <3
Indico bastante a leitura para quem gosta do gênero, ou para quem quer começar a ler! São leituras rápidas e apaixonantes que vão te arrancar um suspiro ou dois, ou vários!
O Visconde que Me Amava
Julia Quinn
Título original: The Viscount Who Loved Me
Gênero: Romance de época
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 288
Edição: 2013
Avaliação: ★★★★