Eu li até a página 100 foi criado pelo blog Eu leio, Eu conto. Nesta tag devemos responder às perguntas tendo em conta apenas as primeiras 100 páginas do livro que estamos a ler no momento.

Preciso começar esse texto falando que morro preguiça de responder Tag. Por isso não costumo fazer post nesse formato. 
Sabe aqueles Cadernos de perguntas, brincadeira de escola, em que nossas amigas nos propunham responder várias questões?! Eu considero uma versão analógica das tags contemporâneas. Pois é, naquela época eu também já tinha uma preguiça enorme de respondê-las.
Se você não sabe que cadernos são esses é que você faz parte da Geração Y. Houve uma época, não muito distante,  em que as redes sociais não envolviam as tecnologias de informação e comunicação (os estudiosos chamam de Geração X).
Bom, vou ceder a tag “Li até a página 100“, pois acho que ela irá contribuir na publicação e organização das minhas leituras.
Explico. Estou lendo e relendo clássicos da literatura mundial e nacional (Veja aqui os livros já lidos). Os clássicos, normalmente, são densos. E Crime e castigo com certeza é denso.  Portanto, é uma leitura mais demorada, que necessita de um tempo maior de reflexão. Acho que essa tag resolve meu dilema, pois irei dividir minhas impressões de leitura em dois posts .

 

Primeira frase da página 100:
“Numa dessas tardes mais quentes dos princípios de julho, um rapaz saía do pequeno quarto que alugara, no Beco S., dirigindo-se, o passo tardo, vacilante, para a ponte K”.
Do que se trata o livro?

Em Crime e castigo, do escritor escritor russo Fiódor Dostoievski, publicado em 1866, acompanhamos a vida de Raskólnikov, um jovem, ex-estudante, pobre e deprimido, que perambula pelas ruas de São Petersburgo.

Raskólnikov vive à beira da miséria. Mora de aluguel em um pequeno apartamento que pertence a uma velha usurária. Raskólnikov ganha uns trocados fazendo pequenas traduções. 

Vivendo no ócio, na maior parte do tempo, Raskólnikov formula uma tese, em que divide a humanidade entre ordinários e extraordinários. A tese tem relação com a tentativa de justificar um crime cometido por Raskólnikov.

Para Raskólnikov seu crime deveria ser absorvido, uma vez que homens como César ou Napoleão, foram assassinos absolvidos pela história. 

A justificativa para absolvição de Raskólnikov está na opressão exercida pelo capitalismo, metaforizada pela velha usurária.

 
O que está achando até agora?
A primeira coisa que precisa ser ressaltado é que a história tem como protagonista um assassino. Mas Crime e castigo é mais que um livro sobre um crime. É um livro sobre um personagem complexo, em uma sociedade complexa, abordando questões políticas, ideológicas, comportamentais, morais da humanidade.
Não tem como falar mal de Crime e castigo. Seria uma heresia.

O que está achando dos protagonistas?

Raskólnikov é perturbado, é deprimente, é inteligente. Eu tenho uma queda por personagens assim.
Melhor quote até agora:
“Cavalheiro – começou com certa solenidade -, pobreza não é defeito, isto é absoluta verdade. Sei, igualmente, que a embriaguez não é virtude. Mas a miséria, meu senhor, é um defeito, sim. Na pobreza, ainda poderá conservar a nobreza dos sentimentos inatos, na indigência jamais alguém poderia fazê-lo”.


Vai continuar lendo?
Sem dúvidas. É um dos maiores romances da história mundial. Todo mundo deveria ler.


Crime e castigo é um daqueles livros que o leitor precisa ler e reler ao longo da vida, pois sempre apresentará algo novo em cada leitura.


Última frase da página:
“Além disso, se caminhasse com a arma debaixo do capote, seria preciso estar segurando-a e tal coisa chamaria a atenção.”

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