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Resenha || BichoMeMulher | Magali Polida | Editora Divas

por Amanda Melo

Olá, leitores!

 Somos todos ímpar
Somos todos imper
Feitos.
[08h15min – 12.01.2015]

Quem me conhece sabe que não são todos os gêneros e estilos de escrita que aprecio, mas em verdade eu afirmo que leio de tudo antes de criticar. E procuro estudar um pouco mais daquilo que já sei.

Hoje trago para vocês a resenha de um livro de poesia. E não é um livro qualquer, pois toda poesia é única, mas quando encontramos aquele autor, ou melhor, autora que consegue nos tocar de uma forma que nenhum outro consegue, aí então nos apaixonamos ainda mais por essa que é uma das mais belas expressão artística: a poesia.

Em resumo, o livro que vos falo é o BichoMeMulher escrito pela poetisa Magali Polida, que há muito tempo ganhou o meu coração. Sim! Tive a oportunidade de alguns anos atrás ler e resenhar o primeiro livro dela A menina do Panapaná, que é um dos meus favoritos.

Sobre a obra: inicialmente somos apresentados do porquê desse título. E, pela própria experiência da autora, ela resolve dilacerar os nossos corações com o tema: Homens e Mulheres vistos por seu lado instintivo, animalesco que, outrora, não conseguimos diferenciar o lado humano do animal.

Para saber um pouco mais dessa experiência vivida pela Magali apenas lendo o livro! (Fiquem na curiosidade). A dedicatória é bela. Creio que a melhor que já li, desde que entrei para esse mundo literário (sem bajular demais a poetisa. Mas é verdade). É com essa energia que a autora nos presenteia com dez dicas de como devemos ler e interpretar cada um dos poemas, de modo a nos conectar com cada um deles, para que assim haja uma interação entre autor, livro e leitor. E, por fim, a sinopse, com uma breve explicação, um resumo mesmo da obra.

Para vocês terem uma ideia, cada poema tem data e hora específica nas quais a autora os escreveu. Será que não é cuidadosa?! Cada vez que eu observava essa relação de data e hora, igual ao tema, me pego pensando sobre os momentos difíceis, impossíveis, fáceis e até mesmo as situações mais loucas que ela escolhia para escrevê-los.

BichoMeMulher é a junção de todos os sentimentos humanos. É a prova de como somos instintivos em determinadas situações. Por vezes, esses momentos chocam os outros à nossa volta, mas a pergunta em que fica é: Isso é culpa nossa? Por uma parte sim, já que somos consciente daquilo que fazemos e escolhemos seguir, por outro lado, não. Pois, em determinados momentos, há coisas ou pessoas que nos tiram do sério e nos fazem agir como animais.

O egoísta
É um pessimista
Não vai além do seu umbigo.
[20h20min-06.01.2016] 

Quantos de nós não somos egoístas (começando pela minha pessoa). Muitas vezes não temos a coragem de olhar no olho do outro e tentar compreendê-lo. Esse é um exemplo das várias situações que eu, você e outros tantos passamos. A Magali tem uma escrita firme e realista, ao mesmo tempo em que consegui sentir aquilo que ela escrevia. E isso é maravilhoso. É incrível quando sentimos conectados com a obra.

Os Artistas

Os Artistas
Quando choram
Choram lágrimas
De aquarela
Os Artistas
Quando choram
Choram rimas
Cor aquarela.
[21h30min-11.02.2015]

Esse é um dos meus poemas prediletos, não preciso descrevê-lo e nem o explicar. As palavras nele falam por si só. E sempre que volto lê-lo, imagino apenas uma palavra: Música! São vários poemas e cada um com um subtema e ideia central.

O que falar da capa e diagramação? Sem dúvida está impecável e muito lindo. Tive a certeza de que a Magali teve o cuidado com escrita e revisão. E, só posso agradecê-la pela oportunidade de conhecer mais uma de suas obras. A leitura é para homens e mulheres – de maior idade – que tenham a consciência de que todos nós temos um lado selvagem!

BichoMeMulher

Magali Polida

Gênero: 
Editora: Divas
Número de Páginas: 94
Edição: 2015
Avaliação: ★★★★★♥

* Livro cedido em parceria com a autora
Sinopse:O bicho é um movimento brusco, e esse movimento pode tender para águas tranquilas ou para o fogo, que se apagou, mas deixou as brasas, que ferem do mesmo jeito. O bicho é violento, é irracional. Conflita-se com o amor, que é sereno. Esse movimento, eu busco.
O amor não é luto, não é luta, é vencedor. Somos nós, homens e mulheres, os bichomemulheres que precisamos lutar para acreditar que ele existe e que podemos vivê-lo em sua plenitude.

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