A dica de hoje é sobre Segundo a Lei da Arma, o trabalho de estreia do nosso mais novo parceiro, José Casado Alberto. Recebi o exemplar há alguns dias e fiquei intrigada com a proposta.
“No fim das contas, para um corvo, toda a Terra era uma mesa e o jantar estava servido.”
Segundo a Lei da Arma é um típico livro de faroeste, onde a violência é a marca registrada e a única lei conhecida pelas pessoas. Nele, temos um contato mais próximo com John Redding, também conhecido como Texas Red, um criminoso sanguinário. O personagem revela a amargura de quem sente na pele o peso de uma arma que matou grande parte de sua tribo. Sim, Red é indígena e enfrenta os preconceitos dirigidos aos “pele vermelha”. No entanto, não se engane: Red não é do tipo que se lamenta; ele cura seu sofrimento com sangue e raiva.
“No fim do dia, só os vivos comem e os mortos, esses sortudos, serão comidos.”
Além de Texas Red, conhecemos mais dois personagens: Olhos-Azuis e Forasteiro de Negro. Ambos estão em busca de uma mesma pessoa: Texas Red. A diferença está na finalidade: o primeiro é um homem da lei que quer que Red pague por seus crimes, enquanto o segundo busca uma recompensa pela captura do criminoso.
Segundo a Lei da Arma: explora a moralidade e as consequências da violência
“Existe apenas uma lei. Uma regra inviolável, independente de quaisquer outros mandamentos d’origine humana ou divina, que rege todos os homens e mulheres que caminham na Terra. A lei da Arma.”
Esses personagens trazem ao livro um clima de frieza e repugnância, matando como se fosse algo trivial. Entre os dois, consegui odiar mais o Forasteiro de Negro; minha raiva por ele é indescritível!
Segundo a Lei da Arma: impressões gerais
O livro de José Casado é curto e, apesar de ser escrito em português de Portugal, a leitura flui bem. Senti falta de um aprofundamento maior nos personagens. Não sou fã de descrições excessivas, mas um mínimo de contextualização é necessário para entendermos o mundo e os indivíduos que nos cercam.
A experiência de leitura foi diferente. Geralmente, prefiro livros com menos cenas de violência, mas aqui isso é inevitável – ainda assim, foi suportável. O enredo proposto pelo autor me prendeu e, por isso, foi uma boa leitura. Quanto à diagramação e design do livro, tudo está maravilhoso! Sou suspeita para falar dos livros da Chiado Editora, pois eles sempre fazem um excelente trabalho.
Minha nota para a obra é 4, pelas razões já destacadas. A leitura é indicada para quem gosta de muita ação. Boa leitura!
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