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Resenha || Papai comédia

por Nilda de Souza

Papai comédia – da descoberta ao parto humanizado é mais um livro publicado pela Editora Belas Letras com temática voltada para o mundo dos futuros pais. Para quem acompanha a Editora já sabe que ela foca no segmento maternidade e paternidade.  Eu já li e resenhei Papai é pop, de Marcos Piangers, e Mamãe é Rock, de Ana Cardoso, ambos publicados pela Belas Letras. Os dois livros trazem uma visão muito legal da paternidade e maternidade e com uma linguagem leve, divertida (as resenhas você encontra lá no Os nós da rede).

Há pouco tempo li Mãe sem manual.  A autora, Rita Lisauskas, parte da sua experiência como mãe para desconstruir mitos maternos e até problematizar práticas obstetras ultrapassadas. Além de falar sobre como medos, inseguranças, dúvidas e as alegrias próprias da maternidade, colocando como ponto central a não romantização da maternidade.

Bom, mas vamos focar em Papai comédia. Já começo dizendo que é uma leitura super rápida, a linguagem é quase com se fosse uma conversa. Ou melhor, um show de stand up.  E essa característica se deve ao fato do autor, o Fernando Strombeck, ser um comediante. Além da linguagem bem humorada, a diagramação segue as mesmas características dos outros livros com essa temática, como você podem conferir nas fotos.

Quanto ao conteúdo? Strombeck  traz uma especie de diário, acompanhando as semanas da gravidez da sua esposa, iniciando na 12 semana até 37, quando Luísa, a filha do casal nasceu.

Ao longo das 37 semanas, Strombeck toca em algumas questões super importante, principalmente para pais e mães de primeira viagem, como, por exemplo: pré-natal, doulas, plano do parto e parto humanizado.  E esse é o ponto alto do livro. Curti bastante essa parte.

 

No entanto, a maior parte do livro trata de coisas mais, como posso dizer, amenas. São temas que são fáceis de provocar humor, como, por exemplo, os tipos de mandingas pra saber o nome do bebê, as estrias que aparecem na gravidez, as escolhas de roupas pra grávidas, os desejos, os palpites.

Nas palavras do autor, Papai comédia tem o objetivo de aproximar os pais do momento único na vida do casal, da gravidez ao nascimento do bebê.

Palavra final sobre Papai comedia

Eu curti alguns momento da leitura. Esperava mais.  É que os momentos de humor são já muitos batidos. Eu confesso que não consegui ver graça. Além disso, eu discordo do autor quando, na introdução, ele tenta jogar a culpa do distanciamento dos homens na gravidez, pra não dizer irresponsabilidade, nas mulheres.  Strombeck fala:

Há vários motivos que afastam a figura paterna dessa fase. Medo, insegurança, dúvidas, questões culturais e, muitas vezes, um distanciamento do processo imposto pela própria gestante, que acredita que é indiferente a participação do homem nesse momento.

Fernando Strombeck

Sobre esse trecho: Acredito que o homem deve ocupar seu espaço na gravidez e nos cuidados com a criança. A mulher nunca é a responsável pelo tal “distanciamento” do homem.

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14 comentários

Nina julho 28, 2017 - 9:06 pm

Oii
Recebi o livro em parceria com a editora, mas foi a minha amiga e colaboradora que fez a leitura. Pelo que ela disse, ela gostou. Eu acho estes livros super legais já que tratam de assuntos diários, mas que as vezes nos distanciamos com muita comédia e bom humor. Acho valido todo tipo de dica que se dá nestes livros, já que alguns leigos de nada sabem.

Vícios e Literatura

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Karina Rezende julho 29, 2017 - 3:16 pm

Oiii, tudo bem?
Vi esse livro em alguns sites e, apesar de não ter vontade de lê-lo, acho a arte muito linda! A edição está bem caprichada e a ideia em si é bastante relevante. Também não concordo com essa quote hahaha o distanciamento pode ter diversas razões, mas gente, não é culpa da mãe né?
Beijos!

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Kamila Villarreal julho 30, 2017 - 1:50 pm

Olá!

Achei graça na frase da foto, e só. Não é o tipo de livro que leio, mas parece ser bom pra quem procura mais informações. Também discordo dele, mas será que isso não aconteceu com ele e aí quis passar a mensagem como se fosse uma verdade universal?

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Mari julho 30, 2017 - 10:24 pm

Acho a edição desses livro muito boas e fiquei bem interessada em ler esse que você mostrou no post! Amo a proposta desses livros!
Beijos
Mari
Pequenos Retalhos

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Camila de Moraes julho 31, 2017 - 8:53 pm

Olá!
To doida pra ler esse livrinho. Achei lindo o projeto gráfico e bem humorado.
Espero aproveitar essa leitura.
Beijos!

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Amanda julho 31, 2017 - 10:18 pm

Oi! Adoro a visão do Piangers sobre paternidade, acho que se mais pais pensassem em ser tão presentes (nem melhor, nem pior, nem igual, apenas presentes) teríamos famílias mais felizes. Nesse sentido acho que esse livro deve ser bem legal de ser lido por qualquer um que deseje ampliar e melhorar sua visão sobre a paternidade, né? É um assunto muito importante e é legal que seja tratado de forma leve. Pode não ser aquele livrão, mas acho bem interessante. Beijos!

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Beatriz Andrade julho 31, 2017 - 11:00 pm

Eu estou louca por esse livro, acho super legal ele ser interativo e as ilustrações parecem que estão todas lindas. Adorei ler os seus comentários sobre a obra.

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Gabriela agosto 1, 2017 - 8:42 am

Vi ontem um post sobre esse livro, ele me pareceu bem o interessante, mesmo sendo voltado ao público masculino eu leria rs ..
A edição está uma fofura.

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Fabiana agosto 1, 2017 - 1:18 pm

Olá Nilda, tudo bem?
Nossa que chato isso. confesso que a primeira vista o livro me chamou a atenção. Parecia aquelas obras divertidas que a gente ri enquanto aprende, mas essa questão de o autor insinuar que o distanciamento dos homens é culpa da mulher é intolerável na minha opinião. Bem infelizmente isso me desmotivou muito por isso passo a dica dessa vez.
Beijos e parabéns pela resenha super sincera.

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Nara Dias agosto 1, 2017 - 9:07 pm

Nilda amei a sinceridade de sua resenha. Todos os outros livros que você mencionou nesse post já estão na minha lista de próximas leituras, inclusive esse depois de ter lido uma outra resenha. Apesar de já ter uma menina de 10 anos, estou pensando em reviver todo esse processo, achei chato hein esse comentário infeliz do autor e aproveito para expressar minha concordância contigo, meu marido foi fundamental durante a gravidez e me apoiou e participou de uma forma que acho que não teria como ser melhor. Beijos
http://www.viagensdepapel.com

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Ana Paula Lima agosto 1, 2017 - 10:04 pm

Oiii!!

AAAAAAAAAAAH! Adorei suas considerações! EU acho esse tipo de livro bacana, mas dispensável. O que me encanta nele é a diagramação. E só. Eu não consigo entender como homem pode achar tão complicado a paternidade e adora jogar a culpa nas questões culturais. Eu acho essa desculpa péssima hahaha
Enfim, não leria a obra, mas gostei das suas considerações.

Beijjinhso,

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Amanda Caldas agosto 2, 2017 - 9:33 pm

hey!
Vi a resenha deste livro num outro blog, onde tive o primeiro contato com a obra, e achei a proposta super interessante, principalmente para os papais de primeira viagem, espero poder conhecer mais da obra em breve!
Beijos.

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Ana Caroline agosto 3, 2017 - 12:19 pm

Olá, tudo bem? ADOREI a temática do livro HAHAHA apesar de passar longe do meu foco, e ainda talvez não ser o público alvo, adorei a maneira que foi feito. De fato essa frase dele foi infeliz, mas é uma realidade que vários homens falam. Vontade de matar né? Com o tempo com certeza algumas piadas perdem a graça mesmo. Ótima e sincera resenha!
Beijos,
diariasleituras.blogspot.com.br

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Angélica agosto 7, 2017 - 8:55 pm

Oi, tudo bem?
Ai ai, sempre tentam jogar a culpa de alguma coisa nas mulheres né?
O livro não é algo que eu leria nem hoje, e ouso dizer que nem nunca, e gostei da sinceridade na resenha 🙂
Bjs

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