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Resenha || Shiva: Os Imortais de Meluha | Editora nVersos

por Nilda de Souza

Acho que uma das frases mais proferida para definir o que é leitura é: “Ler é viajar sem sair do lugar”. É um clichê, mas que não deixa de ser verdade. E esta expressão é muito apropriada para definir minha leitura d’Os Imortais de Meluha, primeiro volume da trilogia Shiva, lançamento da Editora nVersos.

A Trilogia traz a história de Shiva, um homem que viveu cerca de 4.000 anos atrás, cujas aventuras eram tão grandiosas que as pessoas começaram a pensar nele como um Deus.

A história é narrada em terceira pessoa, o que foi uma ótima escolha do autor, pois temos uma dimensão maior dos fatos. Nas primeiras cenas vemos Shiva e sua tribo lutando contra uma tribo inimiga, nas regiões montanhosas do Tibete. A vida deles tem sido de guerras constantes, seja por território, seja por água. Vejam que eu falei a palavra cena. É isso mesmo. O autor escolheu apresentar-nos a história por meio de cenas que dividem os capítulos, que imprime um ótimo ritmo à leitura.

Shiva recebe um convite para imigrar para um Império prospero e que vive sob leis justas, Meluha, a terra da vida plena. Depois de mais um ataque inimigo, ele resolve aceitar o convite. Seria uma oportunidade para seu povo viver em paz, com mais conforto, com trabalho e comida.

Depois de uma longa viagem, eles chagam a fronteira do Império. Lá eles passam por um período de quarentena, onde são medicados com um composto chamado somras. E foi com essa incrível medicação que Shiva sarou suas antigas cicatrizes e também, sem entender o motivo, ficou com a garganta azul. Depois disso, a vida de Shiva mudou completamente. Todos passaram a chamá-lo de lorde e a reverenciá-lo.

Shiva o guerreiro messias

Shiva viaja para a capital do império, onde o imperador lhe revela uma antiga profecia. Para os meluhanos, Shiva é um tipo de guerreiro messias, um neelkanth, que viria para destruir o mal. No inicio ele não acredita em nada daquilo, mas se sente na obrigação de lutar pelo povo o recebeu tão bem. Depois de viajar por todo o império, ele percebe que a sociedade meluhana é quase perfeita. Tem boas leis, o povo é honesto, que vive em paz.

São poucas coisas que Shiva acha exageradas e, até mesmo, injustas nas leis de Meluha, como, por exemplo, a lei do carma. Para os meluhanos, se um bebê nasce morto a mãe se torna impura e não pode nem ao menos ser tocada.

O grande problema dessa lei é que Shiva se apaixona por uma  vikarma. Uma mulher forte, guerreira, mas que deu a luz um criança morte, por isso tem um carma negativo. Outra grande questão que Shiva terá que resolver é descobrir quem é realmente é mal. Pois os meluhanos acham que o mal é o Império vizinho, os chandravanshis. Para os meluhanos, os chandravanshis são a expressão do mal, desonestos, imperfeitos e, que por isso, precisam ser restaurados.

Segundo as informações dos meluhanos, os chandravanshis contrataram terroristas, os Nagas, para promover ataques terroristas nos territórios dos meluhanos. Acreditando nessas informações e em ataques que presenciou, Shiva e o exercito meluhano declaram guerra aos chandravanshis.  Depois de uma grande batalha, com milhares de mortos, Shiva começa a perceber que pode ter cometido um grande erro.

Ufa! Parece que eu falei demais, mas não. Tudo que eu escrevi é muito pouco, pois o enredo é muito, muito mais que isso. Agora tenho que esperar o próximo volume para saber o que Shiva vai fazer em relação à suas dúvidas. Será que ele vai saber onde está o mal? Ele irá se tornar um deus?

Mitologias indianas e grande batalhas

Quando a nVersos anunciou o lançamento desse livro eu fiquei com muito vontade de ler. Pois estou num momento de querer sair da minha zona conforto, explorando leituras que antes eu não me imaginava lendo. E graças a essa minha vontade eu pude ler uma história maravilhosa, que mistura fatos históricos com mitologia. E como eu disse no início, ao ler esse livro eu viajei para longe. Eu viajei para a Índia.

Eu conheci deuses de outra mitologia distintos dos quais nós conhecemos das mitologias grega, romana e nórdica. Também me aproximei da cultura, da geografia, da história. Além disso, aponto os avançados científicos dos indianos.

Minha única crítica em relação à história é que eu acho que deveria der mais informações sobre os Nagas. Eles aparecem em algumas cenas, mas não há um aprofundamento para explicar quais as razões dos ataques terroristas. Graças aos deuses chivas já tem o segundo livro e eu espero que seja as pontas sejam todas amarradas nos próximos volumes.

Eu indico esse livro para aqueles que gosta de grandes batalhas, com lutas bem detalhadas. É um livro também para quem gosta de  de mitologias. É uma leitura muito agradável, com ótimas descrições.

(Resenha publicada anteriormente em Os nós da rede. Livro cedido pela nVersos)

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2 comentários

Retrospectiva | meia dúzia de melhores leituras 2015 | abril 2, 2019 - 9:54 pm

[…] 9.3 Fantasia […]

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O Segredo dos Nagas - Trilogia Shiva | Amish Tripathi | agosto 14, 2019 - 11:49 pm

[…] 9.3 Fantasia […]

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