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O farol de Fisher | Tara Sivec

por Nilda de Souza

O Farol de Fisher, Tara Sivec, Editora Verus, é uma história de amor e falta de diálogo. É também uma história sobre transtorno pós-tratamento, apesar do tema não ter sido bem desenvolvido. O livro tem uma narrativa simples, direta, com duas linhas temporais, com a perspectiva do casal. ⁣

O Farol de Fisher não foi uma leitura que me deixou fascinada. Há vários momentos que as escolhas narrativas me deixaram extremamente irritada, principalmente devido à construção dos personagens. ⁣
Fisher é o tipo de personagem que eu não suporto: homem traumatizado que desconta seus problemas na mulher amada; Lucy a mulher que estar lá a espera do boy problemático. É o pior de tudo é que ela ainda se culpar por não poder, ou não conseguir salvar o amado. É uma. Personagem passiva. ⁣

Fisher precisa de terapia. Só um tratamento sério e longo, com profissionais qualificados pode curar, ou amenizar as dores de uma pessoa traumatizada. Isso tem que ser enfatizado milhões de vezes para que nenhuma mulher tente salvar homens traumatizados. ⁣

A narrativa também tem momentos mais leves, de romance, com cenas mais quentes que deixam a leitura mais agradável. A escrita da autora não é conservadora nesse sentido, e isso é muito legal.⁣ Foi a melhor parte.

O Farol de Fisher: um casal que precisa dialogar

O livro traz a história de Fisher e Lucy. O casal se apaixonou ainda na adolescência. Fisher é fuzileiro naval. Ele serviu ao país no Oriente Médio, mas cada vez que ele voltava para casa vinha um pouco mais quebrado. Na quinta e última convocação, Fisher estava completamente surtado, com problemas para discernir o que era real e o que era fruto do trauma.⁣

Lucy tentou ajudar o marido, mas ele recusava sua ajuda. No fim, Fisher surtou e descontou tudo na esposa. Um ano depois, Fisher volta querendo o perdão de Lucy.⁣

Eu não consegui ser empática com Fisher. Um dos motivos é que o gatilho final para o surto dele não foi exatamente os pesadelos de guerra, e sim a questão sexual do casal. Fisher e Lucy tinham uma vida sexual certinha, mas ficou evidente que os dois queriam algo mais quente, mais selvagem. E mesmo com anos de casamento nenhum dos dois conheciam esse lado um do outro.⁣

Acho que todos os problemas teriam sido resolvido se eles tivessem conversado sobre suas preferências sexuais. Outro ponto problemático em relação a Fisher. Ele voltou e no lugar de ter uma conversa sincera com a ex-mulher, que ele dizia ainda amar, não ele ficou foi com cenas de ciúmes. A questão é: para mim, ele precisava de mais tempo de tratamento. As ideias ainda não estavam claras o suficiente. 

Todos os transtornos mentais devem se tratados por profissionais capacitados

Lucy é o tipo personagem que a gente conhece aos montes por aí, na vida real. Ela está sempre lá pelo homem amado, esperando, apoiando, tentando conversar. 

E ainda há outro boy lixo nessa história, Stanford, namorado de Lucy. Um homem machista e preconceituoso. Pelo menos ele serviu para a gente perceber que Fisher era um pouco melhor. 

O Farol de Fisher é uma história que me agradou em alguns momentos e em outros me irritou, principalmente devido à construção do personagem Fisher.

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