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Tithe: contos de fadas modernos || Holly Black

por Nilda de Souza

Tithe: contos de fadas modernos, Holly Black, Editora Galera Record. A primeira coisa que você precisa saber sobre Tithe é que ele é o início do universo das fadas criado por Black. Ele foi escrito antes da aclamada série O Povo do Ar.

Tithe traz a história de Kaye, uma jovem de 16, que se sente deslocada do mundo em que vive. Quando criança, conseguia ver criaturas mágicas, que ninguém mais via e, por isso, era considerada um tanto estranha. 

Depois de vários anos vivendo de cidade em cidade, com a mãe, que sonha ser uma cantora famosa, Kaye retorna à sua cidade natal. 

É aí que a história dessa garota inicia, pois os seres mágicos voltam à sua vida e, com eles, os perigos do mundo mágico. 

As fadas não são tão fofas assim. Elas são traiçoeiras, assassinas, mas também são mortalmente lindas, como Roiben, um guerreiro fada que, por acaso, Kaye salva a vida.

 Kaye descobre que foi “escolhida” para um tipo de sacrifício, um Tithe, Dízimo. De tempos em tempos, um humano é levado ao mundo das fadas, como dízimo. Esse sacrifício mantém o equilíbrio entre os reinos da fadas e as fadas independentes. E também mantém o equilíbrio entre o mundo mágico e o mundo dos humanos. 

Tithe: mesmo universo de O príncipe cruel

Esse é o grande tema de Tithe, o dízimo. E, por sinal, é muito interessante. Mas, infelizmente, acaba não sendo bem trabalhado, com pontos inconsistentes. E eu, como leitora, não me fisgou.  

Devo lembrar, novamente, que é um livro iniciante. Não sei o quanto a autora era experiente na época. Mas posso dizer que a escrita de Holly Black amadureceu bastante na trilogia O Povo do Ar, comparando com Tithe. 

Em Tithe, os personagens não têm a mesma força de Jude e Cardan. Kaye e Roiben não são bem desenvolvidos. E olha que, em termos de beleza, pelas descrições, Roiben é até mais bonito que Cardan. 

Um aspecto interessante é que Kaye tem pai Japonês. Então há essa representatividade, com momentos que abordam os estereótipos, em relação às mulheres asiáticas. 

Há também representatividade lgbtqia, Corny, irmão da melhor amiga de Kaye, Janet, que acaba tendo um papel interessante na história, mas que também não é bem desenvolvido. 

“Ela ama a brutalidade serena do oceano, ama a força elétrica que ela sente com cada lufada de ar úmido e salgado.”
Holly Black

Se você já leu a trilogia O Povo do Ar, é interessante que você leia Tithe para saber como foi a introdução do universo. 

Mas para quem nunca leu a trilogia, não recomendo iniciar com Tithe. Vá direto para a trilogia O Povo do Ar. Depois leia Tithe. 

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