Em agosto nos vemos Gabriel García Márquez, Editora Record, conta a história de Ana Magdalena, casada e mãe, que está chegando aos 50 anos. Todo 16 de agosto, Ana pega uma balsa e vai a uma pequena ilha caribenha visitar o túmulo da mãe.
Em uma dessas visitas, ela começa a vivenciar outras experiências, um tanto diferentes. Ela se permite ser e sentir emoções intensas. Em agosto nos vemos tem um enredo cativante, com uma personagem que nos faz refletir sobre a vida, nossas escolhas e nossos desejos. Amor e desejos.
Não nos cabe julgar Ana. A pergunta que ficou para mim foi: o que eu faria se ninguém estivesse me vendo? Se você estivesse em um lugar onde ninguém te conhecesse, daria vazão aos seus desejos mais obscuros? É um romance bem curto, está mais para uma novela. Um dos contos/capítulos já era conhecido dos leitores.
Ah, Ana Magdalena é uma leitora voraz. Anotei todos os livros que ela leu ao longo da história. Cada visita à ilha, ela inicia um livro. A história também tem uma relação muito grande com a música, pois o marido de Ana é um maestro bem-sucedido.
Outro ponto muito interessante, mas sem aprofundamento, são as questões sociais na ilha. A pobreza, a chegada dos resorts, que, ao que parece, não mudam muito a vida dos habitantes locais.
Em agosto nos vemos foi escrito quando Gabriel García já estava com a mente debilitada. Então, para os leitores, este livro tem um sentimento diferente. A edição ficou muito especial porque tem quatro fac-símiles, mostrando pequenas mudanças que Gabo fez nas versões.
Em agosto nos vemos: polêmica
Os filhos do autor decidiram publicar o livro, mas Gabo teria deixado claro para sua família que faltava qualidade ao romance e que os originais deveriam ser queimados.
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